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Recordes olímpicos do tiro esportivo: marcas que desafiam a perfeição

26 MAI 2025

Desde os primeiros Jogos Olímpicos modernos, o tiro esportivo tem figurado como uma das disciplinas mais desafiadoras e técnicas do evento. Exige-se do atirador um domínio absoluto da respiração, do foco e do equipamento — tudo sob a pressão intensa do maior palco esportivo do mundo.

Quando um recorde é estabelecido nessa modalidade, o feito vai além da pontuação: representa a mais pura combinação entre habilidade e controle emocional.

Carabina: domínio contínuo e regularidade extrema

As provas de carabina destacam-se por sua exigência de precisão constante. Em Paris 2024, o chinês Sheng Lihao quebrou o recorde na final da carabina de ar 10 metros com 252,2 pontos, superando performances anteriores e consolidando-se como um dos grandes nomes da modalidade. Na fase classificatória feminina, Ban Hyojin, da Coreia do Sul, alcançou um impressionante novo recorde de 634,5 pontos.

Já na prova de carabina 50 metros três posições, a suíça Chiara Leone registrou 464,4 pontos na final, com domínio técnico nas três posições. No masculino, Zhang Changhong, da China, mantém a liderança com 466,0 pontos — um desempenho que traduz excelência nas variações de postura e concentração.

Pistola: precisão nervosa em ambiente de tensão

As provas de pistola exigem um equilíbrio delicado entre estabilidade e rapidez de raciocínio. Desde 2004, Mikhail Nestruev detém o recorde da fase classificatória com 591 pontos, um feito que desafia até hoje o avanço dos equipamentos. Em Tóquio 2020, Javad Foroughi, do Irã, brilhou na final da pistola de ar ao atingir 244,8 pontos, garantindo seu nome entre os grandes da história.

No feminino, Ranxin Jiang impressionou com 587 pontos na classificatória, enquanto Oh Ye Jin, da Coreia do Sul, chegou a 243,2 na final em Paris 2024. Já Vitalina Batsarashkina e Kim Minjung dividem o recorde da pistola 25m com 38 acertos, resultado que exige precisão em sequência e frieza absoluta.

Espingarda: reflexo rápido e precisão em movimento

No tiro ao prato, o desafio é acertar alvos em movimento com milésimos de segundo para reagir. Em Paris 2024, Nathan Hales, do Reino Unido, estabeleceu um novo recorde olímpico no trap com 48 acertos, enquanto Adriana Olivia, da Guatemala, fez história ao atingir 45 pratos no feminino.

No skeet, Vincent Hancock, dos EUA, segue como referência ao conquistar 59 acertos em Tóquio 2020, sua terceira medalha de ouro consecutiva. Amber English brilhou no mesmo evento com 56 acertos no feminino. Na prova por equipes mistas, os italianos Diana Bacosi e Gabriele Rossetti cravaram um recorde de qualificação com 149 pontos, mostrando o alto nível do trabalho em dupla.

Nomes que entraram para a história

Os recordes olímpicos não são apenas números, mas heranças esportivas deixadas por atletas extraordinários. Oscar Swahn, da Suécia, detém o título de medalhista olímpico mais velho da história, ao conquistar prata aos 72 anos em 1920. 

Já a norte-americana Kim Rhode protagonizou um feito inédito: medalhas em seis Olimpíadas seguidas, entre 1996 e 2016, um verdadeiro exemplo de consistência e longevidade.

Muito além da pontaria

A loja Revolution Arms, de Santos (SP), aponta que cada marca quebrada no tiro olímpico é resultado de anos de preparo, ajustes milimétricos e força mental.

O avanço das tecnologias, o aperfeiçoamento físico e a evolução das regras impulsionam constantemente novos recordes — mas o espírito da modalidade permanece o mesmo: precisão, disciplina e superação.

Para saber mais sobre recordes olímpicos do tiro esportivo, acesse: 

https://www.olympics.com/en/news/olympic-records-shooting-pistol-rifle-shotgun

https://ge.globo.com/olimpiadas/tiro-esportivo/noticia/2016/08/americana-do-tiro-vira-unica-ganhar-medalha-em-seis-olimpiadas-seguidas.html

https://www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/248065-mais-velho-da-historia-a-ganhar-uma-medalha-olimpica/


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